Desde que eu entrei na Linux New Media (do Brasil), em julho de 2006, acho que tenho melhorado profissionalmente. Não tenho tantos artigos técnicos de minha autoria quanto eu achei que teria depois de 2 anos e meio – afinal, não dá tempo pra editar e escrever tantos artigos.
Mas a seção fixa que eu escrevo me dá muito orgulho, porque acho que quando estou inspirado eu escrevo bons textos. Então, pra promover a Linux Magazine, este blog e eu mesmo (:D), aqui vão meus oito editoriais preferidos:
- Em Compreensão formal (LM 35), terminou a série de editoriais em tom de reclamação sobre a comunidade de desenvolvedores do Software Livre (iniciados na LM 32). Nele, declarei minha posição contra a polêmica apropriação dos drivers ath5k por essa comunidade sob a GPL, após sua criação sob a licença BSD. Achei a apropriação imoral, e ainda a julgo ilegal, apesar de ninguém ter perguntado e da minha opinião não ser de forma alguma relevante.
- Em Coerência e coesão (LM 33), fui novamente corajoso e critiquei a atitude de vários usuários e desenvolvedores contrários à cobrança de dinheiro para implantação e desenvolvimento de soluções livres.
- Em Comunidade como valor (LM 47), falei da importância crescente da comunidade para as empresas envolvidas com o Código Aberto. O surgimento do cargo de “community manager” é, pra mim, o maior exemplo dessa importância.
- Em As velhas falácias (LM 45), falei sobre a crença muito difundida de que o Windows é mais invadido do que o Linux por ser mais usado, e não por ser muito mais vulnerável. Gostei desse por acreditar de fato que o texto poderia ajudar profissionais Linux.
- Em Novos modelos (LM 46), o assunto foi o anúncio da IBM de que produziria desktops “Microsoft-free”. Embora parecesse um ato de suposto boicote aos softwares da Microsoft, o objetivo real da IBM era e ainda é usar o Linux como plataforma de difusão de sua suíte Lotus. O surpreendente, pra mim, foi ver que o mercado demorou pra perceber essa oportunidade de ouro!
- Em Um bom motivo (LM 32), reuni coragem para criticar a atitude de usuários e desenvolvedores Linux e citei uma colocação muito bem feita de Theo de Raadt: “Quem usa Linux o faz porque odeia o Windows, quem usa BSD o faz porque ama o Unix”. Por um lado essa frase sugere que nosso mundo é cheio de ódio (há muito mais pessoas que odeiam o Windows do que pessoas que amam o Unix, aparentemente). O bom motivo que serviu de titulo ao editorial foi a discussão sobre a GPLv3, então ainda em desenvolvimento, ao mesmo tempo em que a Microsoft distribuía acordos com distribuidores Linux importantes e nem tanto.
- Em A vez do marketing (LM 40), propus uma abordagem colaborativa para o marketing dos sistemas Linux. Esse assunto ainda é do meu interesse mais profundo, e acho realmente que o marketing é uma das próximas áreas a serem agraciadas com as inúmeras vantagens da colaboração.
- O primeiro colocado na minha lista pessoal de editoriais mais significativos é o Idiomas e sistemas (LM 30), escrito às 3 da manhã antes de um Linux Park. Nele, eu falo sobre como o uso de um computador se assemelha ao uso da linguagem oral, com os diferentes sistemas operacionais representado os vários idiomas. Eu defendo o ensino do Linux nas escolas, da mesma forma que defendo o ensino do inglês nas escolas brasileiras (e outros idiomas seriam ainda mais positivos para nossas crianças). No caso dos sistemas, se o aluno já vai aprender o Windows fora da escola mesmo (todo mundo usa Windows no momento, certo?), que tal torná-lo “poliglota” e ensinar-lhe um sistema diferente e potencialmente muito útil na escola?
E você? Qual é o seu editorial preferido na Linux Magazine?